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A Vida é cheia de Mudanças - Parte 3
Vamos às explicações e também direto ao assunto: Mudanças. No livro “O Ponto de Mutação”, de Fritjof Capra, ele comenta que a sabedoria Chinesa prega que “Toda Crise é mudança. Mas nem toda Mudança é crise”.
Vou utilizar eu mesmo como exemplo, ou seja, sem revelar questões intimas e indiferentes ao objetivo do post: o objetivo é dar algum preparo aos leitores para identificar o motivo pelo qual estão lidando mal com algum problema pessoal e não permitir que uma mudança se torne crise. Que minha aprendizagem sirva a alguém.
Quando sabem que dado cidadão é Psicólogo, alguns pensam que ele é Santo e outros pensam que ele é um Mestre Zen Dalai Lama. Porém qualquer pessoa, quando acaba um relacionamento, vai morar em outra cidade ou fica doente, tem um processo de mudança desencadeado. E, por diferentes motivos, alguém pode ter dificuldade com dada mudança e uma crise se instaura. Perigo e Oportunidade, juntos.
Existem diversos fenômenos psicológicos que são antecedentes e consequentes a mudanças e que podem exercer influência sob como uma pessoa lida com uma mudança: fenômenos que podem acabar facilitando ou complicando tais mudanças. Vamos a alguns deles:
5)
LIMIAR DE FRUSTRAÇÃO:
Para falar de frustração, é necessário falar antes de uma hipotética situação de aprendizagem, aonde um dado organismo se comporta (emite uma resposta) diante de um estimulo qualquer.
O comportamento deste dado organismo que se comporta frente a um estímulo tem diversas respostas reforçadas e não reforçadas, aonde ou se alcançou alguma recompensa ou não se alcançou recompensa devida.
A recompensa ou reforço é um fator importante para manter a força da resposta frente a um estimulo, e grande parte do comportamento de um organismo é reforçado apenas intermitentemente, ou seja, um determinado comportamento é reforçado em algumas ocasiões e em outras não. (ALVES, M., ORSO,M, PEREIRA, S.S., RIBEIRO, 2006).
Quando um organismo é reforçado em algum tipo de esquema intermitente, adquire certo limiar de resistência à frustração – um maior limiar de frustração o habilita a continuar comportando-se e respondendo com frequência razoavelmente regular a dado estímulo, mesmo sem ser reforçado / recompensado continuamente. (Lundin, 1977, p.354).
Um organismo experimenta a frustração quando diante de um estímulo é impedido de emitir dada resposta ou quando emite uma resposta e é impedido de receber dada consequência esperada.
Os sinais da frustração podem ser percebidos através das respostas emocionais do organismo, como demonstrações de raiva, medo ou tristeza: choro, gritos, auto-flagelação e outras.
O organismo pode reagir à situação frustrante de maneira extrapunitiva (respondendo diretamente ao lutar contra estímulo que causou a frustração), intrapunitiva (respondendo indiretamente ao fugir ou esquivar do estímulo que causou frustração) ou de maneira impunitiva (com atividades prazerosas, relaxamento).
E porque todas essas explicações são importantes? Ter um maior limiar de frustração aumenta as probabilidades que, mesmo sem ser recompensado continuamente, dado organismo possa se comportar com frequência razoavelmente regular frente à mudança de estímulos reforçadores. Ou seja, maior probabilidade de se adaptar as mudanças.
Anote ai algumas das reações emocionais comuns que Seres Humanos podem exibir evidenciando sinais de frustração frente a mudanças em suas vidas: raiva, perplexidade, susto, pânico, ansiedade, medo, discordância e desinteresse.
A expressão “mimado” é uma das formas da sabedoria popular explicar, depreciar e punir as pessoas que experienciam o fenômeno da intolerância a frustração. A palavra é sempre dita com tom pejorativo e acusativo, afinal, segundo o Dicionário Informal, mimada é uma pessoa muito protegida, que recebe muitos agrados. Uma pessoa que continuamente recebe recompensas. Ou seja, uma pessoa que provavelmente é intolerante à frustração.
Deixem então, caros leitores, de serem mimados. Claro que permitir aquela pessoa especial nos paparicar vez em quando é saudável. Mas não continuamente, pois cria uma procedência negativa que predispõem a uma série de consequências aversivas. Tanto pela falta de controle que o ser mimado acaba tendo do seu próprio comportamento, quanto pelo excesso de controle que o ser mimante acaba tendo do comportamento do ser mimado.
Um organismo mimado, seja uma criança, um adulto, um cão ou um gato - não tem oportunidade para se dessensibilizar, ou seja, não tem oportunidade de se tornar mais cascudo diante as aversões que as mudanças ao longo da vida proporcionam ou podem proporcionar.
Se te acusam de ser mimado, cuidado! Você esta prestes a ser controlado e vitimado por estímulos, acontecimentos, pessoas e o que quer que seja, afinal você pode estar sendo acusado de ter um baixo limiar de tolerância as frustrações mais quotidianas e normais que todos já se dessensibilizaram.
O oposto também é valido: ter um grande limiar de tolerância às frustrações não é bom sinal. Você esta prestes a ser controlado e vitimado por estímulos, acontecimentos, pessoas e o que quer que seja. Eu me gabava por ser um cara compreensivo, paciente e caridoso em excesso. E depois pagava o preço por "meus pecados". Ter paciência demais é deixar-se abusar.
Na visão de alguns, quem é compreensivo, paciente e caridoso em excesso é...? Jesus! Nããão! Trouxa? Mané?! Enfim. Ter um alto limiar de frustração vai lhe tornar muito pacifico e submisso. Cuidado! Vivemos no mundo do “dou a mão, querem o braço!”.
Eu ousaria dizer que no mundo atual, nutrir em excesso expectativas, regras, objetivos, valores ou qualquer coisa é garantia de frustração. O contrário idem, não ter nenhuma regra, nenhuma expectativa, nenhum objetivo ou nenhum valor é garantia de frustração.
Quem nutre em excesso terá como garantia uma boa colheita de frustração oriunda das expectativas, regras, objetivos e valores não negociáveis e não maleáveis. E quem apenas desnutre terá como garantia uma boa colheita de frustração oriunda da falta de expectativas, regras, objetivos e valores.
O Tao Te Ching, livro escrito por Lao Tzu a mais de 2.000 anos, um clássico e uma das obras mais importantes da literatura Chinesa, ensina que forçar ou evitar qualquer caminho não é fluir, e que o caminho da Virtude é o caminho da inação – não confundir com inatividade – o sábio falava em FLUIR. Ser como o bambu, duro, mas flexível.
Significa, na prática, parar de dar vazão ao seu lado maníaco por controle, se você é se tornou um workaholic, ansioso, obsessivo compulsivo. Ou parar de dar vazão ao seu lado maníaco por descontrole, se você se tornou um junkie, alcoólatra, comprador compulsivo. Muitas vezes, o caminho da Virtude é subtrair, e não somar!
A dessensibilização é uma faceta desse aspecto de subtração nesse caminho da Virtude de fluir com o movimento das coisas, um remédio às vezes amargo, mas é o remédio mais eficaz do nosso tempo.
Dessensibilizar trás resultados produtivos quando não é confundido com a banalização ou qualquer outro sinônimo que tenha significados pejorativos e intempestivos por inflexibilidade e intolerância. Torna possível ver além da ação impulsiva de forçar ou evitar algum caminho, e assim, possibilita ao visionário aceitar caminhos diferentes dos esperados.
Para falar de frustração, é necessário falar antes de uma hipotética situação de aprendizagem, aonde um dado organismo se comporta (emite uma resposta) diante de um estimulo qualquer.
O comportamento deste dado organismo que se comporta frente a um estímulo tem diversas respostas reforçadas e não reforçadas, aonde ou se alcançou alguma recompensa ou não se alcançou recompensa devida.
A recompensa ou reforço é um fator importante para manter a força da resposta frente a um estimulo, e grande parte do comportamento de um organismo é reforçado apenas intermitentemente, ou seja, um determinado comportamento é reforçado em algumas ocasiões e em outras não. (ALVES, M., ORSO,M, PEREIRA, S.S., RIBEIRO, 2006).
Quando um organismo é reforçado em algum tipo de esquema intermitente, adquire certo limiar de resistência à frustração – um maior limiar de frustração o habilita a continuar comportando-se e respondendo com frequência razoavelmente regular a dado estímulo, mesmo sem ser reforçado / recompensado continuamente. (Lundin, 1977, p.354).
Um organismo experimenta a frustração quando diante de um estímulo é impedido de emitir dada resposta ou quando emite uma resposta e é impedido de receber dada consequência esperada.
Os sinais da frustração podem ser percebidos através das respostas emocionais do organismo, como demonstrações de raiva, medo ou tristeza: choro, gritos, auto-flagelação e outras.
Não suporta ver a ciranda cirandar e volta e meia ter que dar?
O organismo pode reagir à situação frustrante de maneira extrapunitiva (respondendo diretamente ao lutar contra estímulo que causou a frustração), intrapunitiva (respondendo indiretamente ao fugir ou esquivar do estímulo que causou frustração) ou de maneira impunitiva (com atividades prazerosas, relaxamento).
E porque todas essas explicações são importantes? Ter um maior limiar de frustração aumenta as probabilidades que, mesmo sem ser recompensado continuamente, dado organismo possa se comportar com frequência razoavelmente regular frente à mudança de estímulos reforçadores. Ou seja, maior probabilidade de se adaptar as mudanças.
Anote ai algumas das reações emocionais comuns que Seres Humanos podem exibir evidenciando sinais de frustração frente a mudanças em suas vidas: raiva, perplexidade, susto, pânico, ansiedade, medo, discordância e desinteresse.
A expressão “mimado” é uma das formas da sabedoria popular explicar, depreciar e punir as pessoas que experienciam o fenômeno da intolerância a frustração. A palavra é sempre dita com tom pejorativo e acusativo, afinal, segundo o Dicionário Informal, mimada é uma pessoa muito protegida, que recebe muitos agrados. Uma pessoa que continuamente recebe recompensas. Ou seja, uma pessoa que provavelmente é intolerante à frustração.
Deixem então, caros leitores, de serem mimados. Claro que permitir aquela pessoa especial nos paparicar vez em quando é saudável. Mas não continuamente, pois cria uma procedência negativa que predispõem a uma série de consequências aversivas. Tanto pela falta de controle que o ser mimado acaba tendo do seu próprio comportamento, quanto pelo excesso de controle que o ser mimante acaba tendo do comportamento do ser mimado.
Um organismo mimado, seja uma criança, um adulto, um cão ou um gato - não tem oportunidade para se dessensibilizar, ou seja, não tem oportunidade de se tornar mais cascudo diante as aversões que as mudanças ao longo da vida proporcionam ou podem proporcionar.
Se te acusam de ser mimado, cuidado! Você esta prestes a ser controlado e vitimado por estímulos, acontecimentos, pessoas e o que quer que seja, afinal você pode estar sendo acusado de ter um baixo limiar de tolerância as frustrações mais quotidianas e normais que todos já se dessensibilizaram.
O oposto também é valido: ter um grande limiar de tolerância às frustrações não é bom sinal. Você esta prestes a ser controlado e vitimado por estímulos, acontecimentos, pessoas e o que quer que seja. Eu me gabava por ser um cara compreensivo, paciente e caridoso em excesso. E depois pagava o preço por "meus pecados". Ter paciência demais é deixar-se abusar.
Na visão de alguns, quem é compreensivo, paciente e caridoso em excesso é...? Jesus! Nããão! Trouxa? Mané?! Enfim. Ter um alto limiar de frustração vai lhe tornar muito pacifico e submisso. Cuidado! Vivemos no mundo do “dou a mão, querem o braço!”.
Eu ousaria dizer que no mundo atual, nutrir em excesso expectativas, regras, objetivos, valores ou qualquer coisa é garantia de frustração. O contrário idem, não ter nenhuma regra, nenhuma expectativa, nenhum objetivo ou nenhum valor é garantia de frustração.
Quem nutre em excesso terá como garantia uma boa colheita de frustração oriunda das expectativas, regras, objetivos e valores não negociáveis e não maleáveis. E quem apenas desnutre terá como garantia uma boa colheita de frustração oriunda da falta de expectativas, regras, objetivos e valores.
O Tao Te Ching, livro escrito por Lao Tzu a mais de 2.000 anos, um clássico e uma das obras mais importantes da literatura Chinesa, ensina que forçar ou evitar qualquer caminho não é fluir, e que o caminho da Virtude é o caminho da inação – não confundir com inatividade – o sábio falava em FLUIR. Ser como o bambu, duro, mas flexível.
Significa, na prática, parar de dar vazão ao seu lado maníaco por controle, se você é se tornou um workaholic, ansioso, obsessivo compulsivo. Ou parar de dar vazão ao seu lado maníaco por descontrole, se você se tornou um junkie, alcoólatra, comprador compulsivo. Muitas vezes, o caminho da Virtude é subtrair, e não somar!
A dessensibilização é uma faceta desse aspecto de subtração nesse caminho da Virtude de fluir com o movimento das coisas, um remédio às vezes amargo, mas é o remédio mais eficaz do nosso tempo.
Dessensibilizar trás resultados produtivos quando não é confundido com a banalização ou qualquer outro sinônimo que tenha significados pejorativos e intempestivos por inflexibilidade e intolerância. Torna possível ver além da ação impulsiva de forçar ou evitar algum caminho, e assim, possibilita ao visionário aceitar caminhos diferentes dos esperados.
6)
CRISE DE PSICOPATOLOGIA AGUDA OU DESENCADEAMENTO
DE PSICOPATOLOGIA CRONICA:
Uma noção que quero introduzir é o conceito
de Personalidade: segundo
o Wiki da UFRGS, “Neste momento, personalidade será defina como sendo dinâmica,
em constante desenvolvimento, ou seja, mutável (mudanças ambientais,
existenciais, neurobiológicas). Seria relativamente estável ao longo da vida do
indivíduo.
O wiki finaliza afirmando que Personalidade
“é um conjunto de traços psíquicos que constituem o total das características,
inatas (temperamento) e adquiridas (caráter) ao longo da vida”.
A partir disso, acho importante destacar a
diferença entre Traços de
Personalidade e Transtorno Psicopatológico: se você conviveu a vida toda com uma
mãe que foi diagnosticada como depressiva por um profissional habilitado, é bem
possível que você tenha Traços de Personalidade Depressiva. Afinal, os Traços
de Personalidade das pessoas que nos cercam compõem a aquisição de traços
psíquicos que constituem as características de cada qual.
Tal fato, de ter Traços de Personalidade
Depressiva, não significa que você não possa ter manifestações depressivas
psicopatológicas: por exemplo, situações como perder o emprego ou acabar um
relacionamento podem levar a uma crise aguda de depressão. Essa crise pode
durar dias ou semanas. Todos estão sujeitos a Crises
Agudas de Transtornos Psicopatológicos, tendo
ou não traços de personalidade do transtorno em questão.
O problema é quando uma pessoa com certa Predisposição Genética e determinados Traços de Personalidade enfrenta uma situação que conduz até
uma crise aguda de um Transtorno Psicopatológico: são geralmente essas pessoas
que tem Transtornos
Psicopatológicos Crônicos. Os chamados pelo senso comum de “loucos”. Este
rótulo estigmatizante que em nada ajuda só acaba piorando tudo que já não é
bom.
Por exemplo, o alcoolismo e a depressão são
por muitos considerados safadeza e vadiagem, enquanto descobertas
neurocientíficas, psiquiátricas e psicológicas revelam que tanto alcoolistas
quanto depressivos tem problemas no centro de recompensa do cérebro, uma área
funcional que no caso deles demonstra-se fora do padrão de funcionamento usual.
A Ignorância é um grande inimigo de toda a
humanidade, sempre foi, acredito. É difícil reconhecer a real importância de
cada situação, coisa, pessoa ou pensamento.
A realidade que os psicólogos tentam
compreender às vezes é microscópica e fisiológica, só pode ser entendida
através de uma maquina moderna, por exemplo, como no caso do Scanner de Emissão
de Posítrons (que mapeia o funcionamento cerebral por áreas enquanto dada
tarefa é realizada).
Ou a realidade que os psicólogos tentam
compreender às vezes é macroscópica e subjetiva, só pode ser entendida através
de métodos mais dedutivos, como a tentativa dos Psicanalistas de tentar
penetrar os mistérios do aparelho psíquico através das palavras e do diálogo
com o “inconsciente”.
O mais importante? Buscar sempre caminhos
diferentes, afinal "o mapa não é território" - existem diversas
maneiras para se explicar ou solucionar alguma problemática.
7) LUTO e LUTO PATOLÓGICO:
O luto é um conjunto de
reações exibidas por um organismo humano diante uma perda significativa, geralmente
pela morte de outro ser. Quanto maior o apego ao objeto
perdido (que pode ser uma pessoa, animal, fase da vida, status social...) maior
o sofrimento do luto.
O luto tem diferentes
formas de expressão em culturas distintas. Entende-se por luto não somente como
uma reação vivenciada diante da morte ou perda de um ser amado, mas também como
uma reação vivenciada diante de outras perdas, como separações familiares,
de amigos, conjugais.
Lembranças de valores emocionais, como
mudanças de casa e de país, remetem ao processo de luto. Desenvolver uma doença
crônica como a Diabetes pode remeter a um processo de luto. Falo por
experiência própria como as mudanças que a Diabetes trouxeram a minha vida não
foram NUNCA bem recebidas.
Frente à instalação
de perdas significativas, o
luto é uma vivência que dado sujeito tem por consequência, e é acompanhada de
diversas emoções, pensamentos e comportamentos insalubres.
A característica inicial do processo de luto
acontece pelas relembranças da perda aliada a provável sentimento de tristeza e
consolação. Este é um processo que evolui, onde as relembranças são
intercaladas com cenas agradáveis e desagradáveis, sem, necessariamente, ser
acompanhadas de tristeza e choro.
No luto, é comum também o estado de
choque, a raiva, a hostilidade, a solidão, a agitação,
a ansiedade e a fadiga. Sensações físicas como vazio no estômago
e aperto no peito podem ocorrer.
A duração deste processo é inconstante e seguido
de uma notável falta de interesse pelo mundo exterior. Com o passar do tempo,
reações emocionais vão diminuindo e é possível a pessoa superar a perda, porém
é um processo de longo prazo e os episódios de recaída são comuns.
É visível que pessoas sem uma condição de
renda digna, bem como pessoas muito adoentadas, desenvolvem resiliência: segundo o
Wikipédia, é um conceito oriundo da física, que se refere à propriedade de
que são dotados alguns materiais, de acumular energia quando exigidos
ou submetidos a estresse sem ocorrer ruptura. Caracteriza pessoas que têm a
capacidade de retornar ao seu equilíbrio emocional após sofrer grandes pressões
ou estresse.
Resiliência é uma habilidade que tem haver
com o limiar de tolerância a frustração e com dessensibilização, porém todos
estão sujeitos a não conseguirmos sermos resilientes diante de frustrações,
principalmente quando as frustrações tem aumentado aspecto quantitativo ou
qualitativo.
Quanto mais frustrações eu tiver, ou quanto
maior a frustração for, proporcionalmente menor é minha capacidade de
resiliência e maior é a minha necessidade de ajuda. Assim, pode se
considerar a possibilidade do Luto
Patológico estar ocorrendo
quando:
- · Uma pessoa não consegue lidar de forma adequada com uma ou mais perdas por mais de 6 meses (isto é, lidar com a perda sem comprometimentos a sua vida pessoal, social e laboral).
- · Uma pessoa continua em intenso sofrimento e/ou não consegue superar uma ou mais perdas e tocar a vida.
Em 2008, meu irmão de 18 anos cometeu
suicídio, e 3 meses depois me tornei diabético insulino-dependente: foi um
período complicado, sem o apoio dos entes queridos, sem a adoção que fiz de 6
gatos bebes que moravam na rua e sem o alivio que medicamentos antidepressivos
proporcionaram, o vazio
existencial seria imenso
demais para suportar.
Como diz o Filosofo Nietzsche em “Além do
Bem e do Mal”: “Quando você olha em demasia para o abismo, o vazio acaba por
olhar dentro de você.”. Não estou dizendo pra você não “curtir sua fossa”.
Estou dizendo, por exemplo, para você não ficar repetidamente ligando musicas
tristes enquanto chora uma perda. Não olhe demais pro vazio e pra fossa, pois
ele reflete dentro de você.
No próximo tópico irei concluir esse post, A
Vida é cheia de Mudanças - parte 4
Obrigado e até!